domingo, 21 de junho de 2009

O luxo virou lixo


Talvez seja mais interessante lhes apresentar números, pois estes se referem à realidade do jeito que ela é. Citarei alguns neste artigo infeliz, artigo que os despertará (ou não) para uma realidade cada vez mais próxima.

A água é um dos principais bens naturais que compõem o nosso planeta. É uma pena haver tanta água salgada (97%) que não possa ser aproveitada feito a água doce, além do mais converter a água do mar em água doce custa muito caro. Mas, no futuro, poderá custar muito mais caro: a vida de milhares.


Sim, estamos à um passo de assumir uma nova ordem mundial. Ao invés de países desenvolvidos (norte) x países desenvolvidos (sul), teremos: sem recursos naturais versus com recursos naturais, o que acarretará, possivelmente, em uma grande guerra mundial.

Vamos às causas da escassez!

O primeiro, é claro, é o desperdício. 10% da água é destinada ao uso doméstico, 21% é o uso industrial e 69% utilizado para a agricultura. Confesso que também ficamos impressionados com tais números que se demonstraram tão diferentes de minha concepção, porque poderia jurar que o uso doméstico era o campeão, mas fiquei boquiaberto.

Esse bem, que para muitos é inesgotável, está chegando a esse ponto justamente pelo desperdício, pela arrogância e da idéia falsa de que ele estará sempre à nossa disposição. As mineradoras e empresas que lançam detritos na água, acarretando a morte de peixes em tantos rios, comprometendo a saúde, a alimentação e o trabalho de muitas famílias que vivem da pesca. Estas não deveriam ser só multadas, mas fechadas pelo crime ambiental que cometem e que assumem proporções incalculáveis.

Levando tudo isso em consideração, podemos constatar que pertencemos à uma época avançadíssima, em termos tecnológicos, mas atrasadíssima em termos humanos. O nosso raciocínio foi utilizado para desenvolver máquinas, mas não para manter o planeta em boas condições.

É por isso que eu lhes dizer, meus caros, este artigo é tão infeliz quanto vossa realidade e tenho coragem de lhes dizer: o luxo virou lixo.

por Caroline Rodrigues, Marco Antonio C. Pereira e Nayara Fernandes
(números, relativamente: 10, 21 e 25)

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